segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fobiofóbicos

  -"Não fale com estranhos". -"Cuidado! Você pode ser assaltada". Em  nosso seio familiar somos apresentado ao medo, e nós com medo aceitamos este papel de fantoches no espetáculo da vida.
  Karl Marx já dizia que a classe dominante tem medo medo da "massa" pelo estrago que esta pode fazer e a massa tem medo da dominante pela repressão que pode ser desencadeada.
  A fome, a violência, a corrupção, as injustiças, são todas aceitas silenciosa e cegamente por indivíduos  criados com medo, medo do castigo, da retórica, do futuro, dos astros, de Deus.
  E da mesma forma que aceitam as condições citadas, aceitam suas consequências, a falta de escolas, as mortes por violência, pela fome, os inocentes nas prisões, mesmo que não sejam as cadeias públicas, mas também as prisões em que os lares se transformam por conta do medo de ir contra a esse sistema cruel que foi aprimorado por séculos, desde o surgimento das primitivas formas de poder e também pelo medo de morrer.

Mas já não será morrer o não viver? Se estar vivo é só dizer amém sem contestar, é não procurar viver intensamente pelo medo de errar, de arriscar, de ousar, se é só fazer parte de uma família, de uma religião, de uma classe, me abstenho deste medo, pois o significado de viver que conheço é outro, é ser livre, é o estado de ser feliz, e a morte também tem outro significado. 
  E é só assim abstendo e rompendo-se de nossos medos que poderemos encontrar a real essência e o sentido da vida, a partir daí  é que se pode suprir a demanda por justiça, e comida para o corpo e para o espírito.

Você sabe quem são?!